Sepse! É possível tratar em casa!

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que no mundo, todos os anos, cerca de 50 milhões de pessoas apresentem quadro de sepse com 11 milhões de óbitos, números superiores a 20%!

Neste dia 13 de setembro, dia mundial da sepse, a Cuidados em Casa lembra que no Brasil, segundo um estudo feito pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), ocorrem 670 mil casos por ano com taxas de óbito em média de 50%, mais que o dobro do padrão mundial. O alerta também traz uma notícia boa para a atenção domiciliar, onde hoje é possível realizar protocolos seguros para tratamento de Sepse em casa. Este protocolo reúne uma séria de condições e características, sempre colocando em primeiro lugar a segurança do paciente.

O ambiente domiciliar, se bem controlado, coloca uma redução importante nas chances de infecções, principalmente se comparado ao ambiente de um hospital e ainda de uma UTI, onde 50% dos casos de sepse são devidos a infecções adquiridas nas instituições de saúde o que leva, muitas vezes, o paciente à óbito.

Mas o que é Sepse?

A sepse é um estado em que pode ocorrer uma incapacidade do sistema circulatório em fornecer fluxo sanguíneo adequado para atender às necessidades metabólicas dos tecidos e órgãos vitais (oxigênio e nutrientes), causada por exacerbação da resposta inflamatória sistêmica (vasodilatação, aumento da permeabilidade dos vasos e acúmulo de leucócitos), que resulta em incapacidade de manter a pressão arterial e consequente diminuição na perfusão sanguínea para os órgãos vitais. Essas alterações acontecem em todo o organismo e são observadas mesmo nos locais onde o agente infeccioso não está presente.

Clinicamente podemos observar queda na pressão arterial, acompanhados por sinais de redução de fluxo sanguíneo nos órgãos ou lesões de outros órgãos (sonolência ou confusão mental, diminuição da produção de urina, queda nas plaquetas, alterações na coagulação sanguínea, distúrbios respiratórios e disfunção cardíaca podem estar presentes). Um marcador usado para ajudar no diagnóstico deste desequilíbrio do fluxo sanguíneo é a dosagem de lactato no sangue venoso ou arterial – ele é um produto do metabolismo anaeróbio e quando está aumentado significa que o organismo está tendo dificuldade em  perfundir adequadamente seus tecidos e fornecer a quantidade de oxigênio mínima para o bom funcionamento dos órgãos.

Alguns dos fatores de risco para sepse incluem: extremos de idade, gravidez, doenças crônicas, como cirrose ou diabetes, uso de corticoides ou quimioterápicos, câncer, HIV, distúrbios imunológicos, uso de drogas injetáveis ou álcool, história de colocação de próteses cardíacas ou ortopédicas, entre outras.

Os sintomas de quadro sugestivo de sepse incluem: febre, taquicardia, dificuldade para respirar, hipotensão e alterações funcionais de órgãos, associados a um quadro de infecção, normalmente pulmonar, urinária, abdominal ou de pele.

As medidas de prevenção e redução da mortalidade englobam: infraestrutura adequada de saúde, vacinação segura e efetiva, além de condições de saúde, saneamento básico e prevenção das infecções relacionadas à assistência e à saúde.

Colaboração: Selma Orosco

Equipe Cuidados em Casa

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